Viajar é uma das experiências mais enriquecedoras da vida. Seja uma escapadinha de fim de semana, férias prolongadas, uma viagem de negócios ou mesmo um intercâmbio, há sempre uma certa euforia na preparação. Reservamos voos, escolhemos alojamentos, pesquisamos restaurantes e pontos turísticos — mas, muitas vezes, esquecemo-nos de algo essencial: o seguro de viagem.
Neste artigo, vamos explicar por que razão é absolutamente necessário fazer um seguro de viagem antes de partir, o que pode acontecer se não o fizer e quais as vantagens de estar protegido.
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1. O que é um seguro de viagem?
Um seguro de viagem é uma apólice que protege o viajante de imprevistos que possam ocorrer antes ou durante a viagem. Dependendo da cobertura escolhida, pode abranger:
- Despesas médicas e hospitalares
- Cancelamento ou interrupção da viagem
- Perda ou roubo de bagagem
- Atrasos em voos
- Responsabilidade civil
- Repatriamento sanitário
- Apoio jurídico no estrangeiro
Ao contratar um seguro de viagem, o viajante garante que terá apoio financeiro e logístico caso algo corra mal, evitando gastos elevados e situações de grande stress.
2. O seguro de viagem é obrigatório?
Na maioria dos casos, o seguro de viagem não é legalmente obrigatório, mas é altamente recomendado. No entanto, há destinos em que o seguro é obrigatório por lei para entrada no país.
Exemplos de países onde o seguro de viagem é obrigatório:
- Rússia
- Cuba
- Argélia
- Irão
- Equador (incluindo Galápagos)
- Alguns países africanos e asiáticos
Além disso, se viajar para países do Espaço Schengen e precisar de visto, o seguro é exigido para a emissão do visto, devendo cobrir pelo menos 30.000 euros em despesas médicas.
Mesmo quando não é obrigatório, o risco de viajar sem um seguro de viagem é elevado. Uma simples entorse, uma infeção alimentar ou uma gripe forte fora do país pode custar centenas — ou milhares — de euros, dependendo do destino.
3. Seguro de saúde vs seguro de viagem
É comum as pessoas acharem que o Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD) é suficiente para viajar na Europa. De facto, ele dá acesso a cuidados médicos nos sistemas públicos dos países europeus. No entanto:
- Não cobre consultas em clínicas privadas
- Não cobre repatriamento
- Não cobre cancelamentos ou perdas de bagagem
- Não cobre assistência jurídica ou civil
Portanto, mesmo dentro da Europa, o CESD não substitui um bom seguro de viagem. Além disso, em destinos fora da UE, o CESD não tem qualquer validade.
4. Casos reais em que o seguro fez toda a diferença
Imaginemos algumas situações comuns que acontecem com mais frequência do que se pensa:
Exemplo 1: Acidente em Marrocos
Um turista português sofre uma queda grave enquanto faz uma caminhada em Marraquexe. Precisa de ser transportado de helicóptero até um hospital em Casablanca. Sem um seguro de viagem, o custo ultrapassa os 8.000€ — tudo do bolso do viajante.
Exemplo 2: Mala extraviada nos EUA
Uma família perde as malas à chegada a Nova Iorque. O voo fez escala em Madrid, onde ocorreu o problema. O seguro cobre a compra de roupas, produtos de higiene e itens essenciais para os primeiros dias.
Exemplo 3: Cancelamento por motivo de saúde
Dois dias antes da partida, um viajante adoece com uma infeção respiratória e não pode viajar. Como tinha um seguro de viagem com cobertura de cancelamento, consegue ser reembolsado pelas passagens aéreas e pelo hotel não reembolsável.
5. Qual o custo de um seguro de viagem?
Ao contrário do que muitos pensam, um seguro de viagem é acessível, especialmente se compararmos com os custos de um problema no estrangeiro.
- Uma apólice para 7 dias na Europa pode custar entre 10€ e 25€
- Uma viagem aos EUA pode custar entre 25€ e 60€
- Para viagens longas (intercâmbio, mochilão), há opções com coberturas prolongadas e ajustáveis
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6. Tipos de cobertura que deve procurar
Ao escolher um seguro de viagem, tenha atenção a:
- Cobertura de despesas médicas (mínimo 30.000€, idealmente 100.000€ para fora da Europa)
- Cobertura COVID-19, se aplicável
- Cancelamento e interrupção de viagem
- Extravio ou atraso de bagagem
- Assistência 24h em português
- Repatriamento e evacuação médica
- Responsabilidade civil no estrangeiro
Muitos seguros permitem personalizar a cobertura conforme o destino, a duração e o objetivo da viagem (turismo, trabalho, estudo, desporto, etc.).
7. Viajar com crianças? Seguro é essencial
Se está a planear férias em família, o seguro é ainda mais importante. Crianças estão mais sujeitas a emergências médicas como febres, gastroenterites ou pequenas quedas. Ter acesso rápido a cuidados de saúde privados faz toda a diferença — e evita longas esperas e despesas avultadas.
Felizmente, muitos planos de seguro de viagem oferecem cobertura gratuita ou com desconto para menores quando viajam com adultos segurados.
8. Viagens de aventura ou desporto
Vai praticar esqui, mergulho, caminhadas intensas ou ciclismo? Nem todos os seguros cobrem desportos de aventura, por isso é fundamental escolher uma apólice que contemple esse tipo de atividade.
A boa notícia é que pode configurar o seu seguro de viagem de forma personalizada, com apenas alguns cliques.
9. E se eu não usar o seguro?
Idealmente, não vai precisar de o usar. E isso é ótimo! Mas o seguro de viagem é como um capacete ou um cinto de segurança: a sua função é proteger — mesmo que não chegue a ser utilizado.
O custo de um seguro de viagem é mínimo comparado com a paz de espírito que oferece. Além disso, muitos seguros incluem serviços de apoio ao cliente que ajudam com:
- Tradução e apoio em hospitais estrangeiros
- Localização de bagagem
- Contacto com consulados ou familiares
- Apoio em caso de desastres naturais ou instabilidade política
o seguro de viagem é mesmo necessário?
Sim, é absolutamente necessário. Independentemente do destino ou da duração, viajar sem um seguro é correr um risco desnecessário. Um pequeno imprevisto pode transformar-se num grande pesadelo — tanto em termos de saúde como de finanças.
Por isso, na próxima vez que estiver a preparar as suas férias ou viagem de trabalho, não se esqueça de incluir o seguro de viagem na sua checklist. É rápido, barato e pode literalmente salvar a sua vida — ou, pelo menos, o seu orçamento.
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