Viajar é uma experiência enriquecedora, mas para quem vive com condições de saúde crónicas como diabetes, hipertensão, asma ou doenças cardíacas, é fundamental tomar precauções adicionais. Entre elas, destaca-se a contratação de um seguro de viagem adequado — algo que não deve ser negligenciado.
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Uma das perguntas mais frequentes entre os viajantes com problemas de saúde é:
“O meu seguro cobre condições médicas pré-existentes, como diabetes ou tensão alta?”
Neste artigo, vamos responder a essa questão com detalhe, explicando como funcionam os seguros de viagem em relação às doenças crónicas, que tipo de cobertura pode ser incluída, o que deve saber antes de viajar e por que motivo este tipo de proteção é essencial.
O que são condições médicas pré-existentes?
Condições médicas pré-existentes referem-se a doenças ou problemas de saúde diagnosticados antes da data de início do seguro. Exemplos comuns incluem:
- Diabetes tipo 1 ou 2;
- Hipertensão arterial;
- Doença cardíaca;
- Asma ou bronquite crónica;
- Colesterol elevado;
- Doenças autoimunes;
- Cancro (em tratamento ou remissão);
- Depressão, ansiedade ou outras condições mentais diagnosticadas.
Estas condições não são, por padrão, cobertas por todas as apólices de seguro, principalmente se envolverem tratamento ou medicação contínua.
A importância de um seguro de viagem adequado
Independentemente de estar saudável ou viver com uma condição crónica, viajar sem um seguro de viagem é extremamente arriscado. No estrangeiro, especialmente fora da União Europeia, uma simples consulta médica pode custar centenas de euros, e uma hospitalização pode ascender a milhares.
Para pessoas com condições crónicas, os riscos aumentam. Por exemplo:
- Um diabético pode necessitar de assistência por hipoglicemia ou infeções;
- Um hipertenso pode sofrer uma crise e precisar de atendimento urgente;
- Um asmático pode reagir ao clima local e necessitar de inaladores ou oxigénio.
Ter um seguro de viagem adequado garante acesso rápido a cuidados médicos de qualidade, sem comprometer a sua saúde ou as suas finanças.
Os seguros de viagem cobrem doenças crónicas?
A resposta curta é: depende da apólice.
A maioria dos seguros de viagem não cobre automaticamente condições médicas pré-existentes. Contudo, há seguradoras que oferecem:
- Cobertura limitada para doenças pré-existentes, desde que estejam estabilizadas;
- Extensões específicas que incluem estas condições mediante pagamento adicional;
- Cobertura de emergência apenas (isto é, se a doença se agravar de forma inesperada durante a viagem).
Por exemplo, se é diabético e a sua condição está controlada, poderá encontrar um seguro de viagem que cubra hospitalização de urgência relacionada com a diabetes, mas não consultas de rotina nem reabastecimento de medicamentos.
O que significa “condição estável”?
Muitas seguradoras exigem que a condição crónica esteja “estável” para poder ser considerada dentro da cobertura. Isto geralmente significa:
- Não ter havido hospitalizações nos últimos 6 ou 12 meses;
- Não ter havido alterações na medicação recentemente;
- Estar sob controlo médico, sem sintomas novos ou agravamento.
Cada seguradora define o termo “estável” de forma diferente. É essencial ler com atenção os termos do seguro de viagem e, se necessário, entrar em contacto com o serviço de apoio ao cliente para esclarecimentos.
O que NÃO é coberto pelo seguro de viagem em casos de doenças crónicas?
Mesmo nos seguros que aceitam doenças pré-existentes, normalmente não estão cobertos:
- Consultas médicas de rotina relacionadas com a condição;
- Compra de medicação contínua;
- Tratamentos eletivos ou exames periódicos;
- Custos relacionados com uma condição instável ou mal controlada;
- Internamentos decorrentes de negligência (ex: deixar de tomar medicação).
Por isso, é altamente recomendável levar consigo os medicamentos necessários para toda a viagem, bem como as receitas médicas e um relatório atualizado do seu estado de saúde.
Como escolher o seguro certo se tiver uma condição médica crónica?
Para escolher o seguro de viagem adequado ao seu perfil, considere os seguintes passos:
- Declare sempre a sua condição médica no momento da contratação. Omitir informação pode anular a apólice.
- Compare diferentes planos através de plataformas como Viagem Seguro.
- Verifique se existe cobertura específica para doenças pré-existentes.
- Peça ajuda a um consultor da seguradora se tiver dúvidas sobre a elegibilidade.
- Leia com atenção os termos e exclusões da apólice.
- Confirme se a apólice cobre urgências médicas relacionadas com a sua doença.
Ter um seguro de viagem adaptado à sua realidade de saúde é um ato de responsabilidade, tanto consigo próprio como com quem o acompanha.
Viajar com segurança: recomendações adicionais
Além do seguro de viagem, quem vive com condições crónicas deve tomar outros cuidados antes e durante a viagem:
- Consulta pré-viagem com o médico assistente;
- Levar medicação suficiente (e até extra);
- Ter uma carta médica em inglês explicando a condição e o tratamento;
- Levar receitas médicas originais;
- Usar pulseiras de identificação médica em casos de risco (ex: diabéticos);
- Manter documentos do seguro acessíveis (físicos e digitais).
Com estas precauções, estará muito mais preparado para lidar com imprevistos de forma tranquila e segura.
E se a seguradora não aceitar a condição?
Nem todas as seguradoras cobrem doenças crónicas, mesmo estabilizadas. Mas isso não significa que deve viajar sem proteção. Pode:
- Escolher um seguro de viagem que cubra tudo o resto (acidentes, doenças inesperadas, bagagem, voos);
- Contratar um seguro complementar apenas para a sua condição;
- Verificar se o sistema de saúde do destino permite o acesso a estrangeiros mediante pagamento;
- Reavaliar o destino se os riscos forem altos e não conseguir cobertura.
Mais vale ter um seguro parcial do que viajar totalmente desprotegido.
Sim, é possível encontrar seguros de viagem que cubram condições médicas crónicas como diabetes ou hipertensão — mas é necessário fazer uma escolha informada e transparente.
A chave está em comparar diferentes opções, declarar a sua condição com honestidade e verificar todos os detalhes da apólice antes de partir. Lembre-se: uma pequena falha na escolha do seguro pode custar milhares de euros ou comprometer o acesso a cuidados essenciais no estrangeiro.
Nunca subestime a importância de um bom seguro de viagem — ele não só protege o seu bolso como salva vidas em caso de emergência.
Está a planear a sua próxima aventura? Não arrisque: simule já o seu seguro de viagem e escolha a cobertura certa para si.