Qual é a diferença entre seguro de saúde e seguro de viagem?

Se está a planear uma viagem ao estrangeiro, já deve ter-se perguntado: será que o meu seguro de saúde é suficiente ou preciso de um seguro de viagem? Embora à primeira vista possam parecer semelhantes, estas duas modalidades de seguro são bastante diferentes — tanto nos objetivos como nas coberturas.

Neste artigo, vamos explicar de forma clara e prática a diferença entre seguro de saúde e seguro de viagem, quando deve contratar cada um e por que motivo é essencial garantir um bom seguro de viagem para se proteger de imprevistos enquanto está fora do país.

Vacinas para viajantes: Importância de seguro de viagem.

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1. O que é o seguro de saúde?

O seguro de saúde é uma apólice contratada a nível nacional ou internacional, que cobre despesas médicas de rotina ou emergências de saúde. Pode ser fornecido por seguradoras privadas ou por sistemas públicos (como o SNS em Portugal) e, geralmente, aplica-se a tratamentos dentro do país onde o seguro foi contratado.

Principais características:

• Cobertura para consultas médicas, exames, internamentos e cirurgias;
• Pode incluir medicina dentária, fisioterapia, entre outros;
• Geralmente, está associado a uma rede de prestadores de saúde;
• Algumas apólices incluem reembolso parcial de despesas fora da rede.

No entanto, o seguro de saúde não cobre muitos riscos associados às viagens, como perda de bagagem, cancelamentos, repatriação ou interrupção da viagem por motivos inesperados.

2. O que é o seguro de viagem?

O seguro de viagem é uma apólice temporária contratada especificamente para cobrir imprevistos durante uma viagem, seja ela nacional ou internacional. Tem como objetivo oferecer proteção durante o período da viagem, tanto em questões de saúde como noutras áreas.

Principais coberturas:

• Despesas médicas de urgência no estrangeiro;
• Cancelamento ou interrupção da viagem;
• Perda, roubo ou atraso de bagagem;
• Atrasos de voos;
• Assistência 24 horas;
• Repatriação sanitária ou por falecimento;
• Acidentes pessoais e responsabilidade civil.

A principal diferença é que o seguro de viagem vai muito além da saúde — é um pacote abrangente de assistência e proteção, pensado especificamente para quem está longe de casa.

3. Por que o seguro de saúde pode não ser suficiente no estrangeiro?

Mesmo que tenha um excelente seguro de saúde em Portugal, ele pode não ter validade fora do país. A maioria das apólices de saúde privadas tem cobertura nacional ou, no máximo, na União Europeia. Mesmo nesses casos, existem limites.

Riscos de depender apenas do seguro de saúde:

• Cobertura limitada ou inexistente fora do país de origem;
• Possibilidade de ter que pagar tudo do próprio bolso e pedir reembolso depois;
• Falta de assistência logística em emergências, como repatriação;
• Ausência de cobertura para perda de bagagem, cancelamento de voo ou roubo.

Imagine que está nos Estados Unidos e sofre um acidente: a conta de um hospital pode ultrapassar facilmente os 10.000€ por dia. Sem um bom seguro de viagem, teria de pagar esses custos do seu bolso.

4. O que cobre o seguro de viagem que o seguro de saúde não cobre?

O seguro de viagem tem um foco mais abrangente, especialmente em situações que envolvem deslocações, imprevistos logísticos e assistência de emergência.

Coberturas exclusivas do seguro de viagem:

Por isso, mesmo que tenha seguro de saúde, é altamente recomendável contratar também um seguro de viagem, adaptado ao seu destino e à duração da estadia.

5. Quando devo contratar um seguro de viagem?

Sempre que sair do país — seja por lazer, trabalho, intercâmbio, peregrinação, turismo ou estudo — é importante garantir proteção adequada. Algumas situações onde o seguro de viagem é ainda mais indispensável:

• Viagens para fora da Europa;
• Destinos com sistema de saúde caro (EUA, Canadá, Japão, etc.);
• Viagens longas, com escalas e múltiplos países;
• Participação em atividades desportivas ou radicais;
• Pessoas com condições médicas pré-existentes;
• Viagens com crianças ou idosos;
• Estudantes no estrangeiro;
• Viagens em grupo ou com valores altos investidos.

6. O seguro de viagem é obrigatório?

Em alguns destinos, sim. Muitos países exigem a apresentação de um seguro de viagem válido no momento do pedido de visto ou entrada. Exemplos:

• Países do Espaço Schengen exigem seguro de viagem com cobertura mínima de 30.000€ em despesas médicas;
• Cuba, Rússia, Irão e Argélia também pedem seguro obrigatório;
• Durante a pandemia de COVID-19, vários países passaram a exigir seguro com cobertura específica para quarentena e tratamento.

Mesmo quando não é obrigatório, o seguro de viagem é uma proteção essencial e acessível, que evita prejuízos e proporciona tranquilidade.

7. Como escolher entre seguro de saúde e seguro de viagem?

Na realidade, um não substitui o outro. São complementares.

• O seguro de saúde protege-o no dia a dia, no seu país de residência, cobrindo consultas, exames e tratamentos a longo prazo;
• O seguro de viagem protege-o durante as suas deslocações, garantindo assistência médica de emergência e apoio em situações imprevistas relacionadas com a viagem.

Se já tem seguro de saúde, ótimo. Mas antes de viajar, certifique-se de que está igualmente protegido com um seguro de viagem adequado ao seu destino.

8. viaje com segurança total

Viajar é uma experiência incrível, mas implica riscos que muitas vezes são invisíveis até que algo corra mal. Contar apenas com o seguro de saúde tradicional pode deixá-lo desprotegido fora do país, tanto em emergências médicas como noutras situações inesperadas.

Por isso, a melhor forma de garantir uma viagem tranquila, segura e sem sobressaltos é:

✅ Manter o seu seguro de saúde ativo;
✅ E contratar sempre um bom seguro de viagem adaptado ao destino, duração e tipo de viagem.

Com isso, está pronto para partir — protegido, informado e com apoio sempre que precisar.