A raiva é uma doença viral grave que afeta o sistema nervoso central e pode ser fatal em praticamente 100% dos casos se não for tratada a tempo. Embora em Portugal e em grande parte da Europa a raiva esteja controlada em animais domésticos, a realidade é bem diferente em muitos países da Ásia, África e América do Sul, onde ainda se registam milhares de mortes humanas por ano.
Vacinas para viajantes: Importância de seguro de viagem
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Se está a planear uma viagem para destinos onde o risco de raiva existe, é essencial informar-se sobre a vacina da raiva para humanos, como funciona, quando é recomendada e qual o seu papel na prevenção da doença. Mais ainda, é imprescindível contratar um seguro de viagem, pois, em caso de exposição, o acesso a cuidados médicos rápidos e eficazes pode salvar vidas — e sem um seguro, os custos podem ser elevadíssimos.
Neste artigo, explicamos tudo o que precisa de saber sobre esta vacina, incluindo a sua importância para viajantes, tipos de exposição, profilaxia pré e pós-exposição, e os cuidados a ter durante a viagem.
O que é a Raiva?
A raiva é uma doença viral causada pelo vírus da raiva (Rabies lyssavirus), que se transmite principalmente através da mordida, arranhão ou lambedura de um animal infetado, sobretudo cães, mas também morcegos, macacos, gatos e outros mamíferos.
Após a infeção, o vírus percorre os nervos periféricos até ao cérebro, onde provoca encefalite aguda. Os sintomas podem incluir febre, ansiedade, confusão, hidrofobia (medo de água), espasmos musculares e, por fim, coma e morte. Uma vez que os sintomas se manifestam, a doença é quase sempre fatal.
A vacina da raiva: o que é e como funciona?
A vacina antirrábica é composta por vírus da raiva inativado, incapaz de causar a doença, mas eficaz em estimular o sistema imunitário a desenvolver anticorpos contra o vírus.
Existem dois tipos principais de administração:
1. Profilaxia pré-exposição (antes do contacto com o vírus):
Recomendada para pessoas com maior risco de contacto com animais potencialmente infetados, como:
- Viajantes para países endémicos;
- Veterinários e biólogos;
- Trabalhadores de laboratório com vírus da raiva;
- Exploradores, mochileiros e turistas em zonas rurais.
O esquema vacinal habitual consiste em três doses administradas nos dias 0, 7 e 21 (ou 28). Após este esquema, o risco de infeção diminui drasticamente, mesmo em caso de exposição.
2. Profilaxia pós-exposição (após mordida ou contacto com animal suspeito):
Deve ser iniciada imediatamente após a exposição. Envolve:
- Limpeza profunda da ferida com sabão e água abundante;
- Administração de imunoglobulina antirrábica (em casos graves);
- Várias doses da vacina administradas nos dias 0, 3, 7 e 14.
Aqui, a rapidez do tratamento é essencial para evitar o desenvolvimento da doença. Ter um seguro de viagem que cubra este tipo de emergência é vital, pois muitas vezes estas vacinas ou imunoglobulinas não estão disponíveis gratuitamente ou podem ser muito dispendiosas.
Onde há risco de raiva?
A raiva continua a ser um problema de saúde pública em vários destinos turísticos populares. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 59.000 pessoas morrem todos os anos devido à raiva, sobretudo em:
- África: Marrocos, Tanzânia, Etiópia, Nigéria;
- Ásia: Índia, Tailândia, Indonésia, Nepal, Filipinas, Vietname;
- América do Sul e Central: Bolívia, Peru, Brasil (zonas da Amazónia), Guatemala;
- Europa de Leste e alguns países da ex-URSS.
Se está a planear viajar para qualquer um destes destinos — especialmente em regime de aventura, voluntariado, trilhos ou contacto com animais — deve considerar seriamente a vacinação antes da partida e garantir um seguro de viagem com cobertura médica internacional.
Viajar com segurança: quem deve tomar a vacina da raiva?
A vacinação pré-exposição é aconselhada para:
- Turistas que vão estar em contacto direto com animais ou em zonas rurais;
- Crianças — pois têm mais probabilidade de brincar com animais desconhecidos e não reportarem mordidas;
- Voluntários ou estudantes em projetos locais com animais;
- Viajantes a longo prazo (mais de 30 dias);
- Pessoas que vão para locais onde o acesso a cuidados médicos é difícil ou demorado.
Para todos estes casos, a proteção começa com o planeamento antecipado e o aconselhamento médico antes da viagem. Durante esta consulta, para além da vacina da raiva, podem ser recomendadas outras vacinas (como hepatite A, febre tifóide, entre outras). E claro, será recomendado contratar um seguro de viagem abrangente.
Qual é o custo da vacina?
Em Portugal, a vacina da raiva não está incluída no Plano Nacional de Vacinação e o custo varia consoante o local onde é administrada (SNS, hospitais privados, clínicas de viagem). Pode rondar entre €50 e €80 por dose, o que totaliza cerca de €150 a €240 para as três doses.
Estes custos, bem como os de uma eventual pós-exposição no estrangeiro, tornam ainda mais relevante a existência de um seguro de viagem. Um bom seguro pode cobrir vacinas pós-exposição, deslocações de emergência a centros hospitalares e até repatriamento, caso necessário.
Dicas de prevenção durante a viagem
Mesmo vacinado, deve manter precauções básicas:
- Evite tocar em animais desconhecidos, mesmo que pareçam dóceis;
- Nunca alimente animais de rua;
- Ensine às crianças a manter distância de cães, gatos ou macacos soltos;
- Em caso de mordida, lave a ferida com água e sabão imediatamente e procure ajuda médica sem demora;
- Tenha sempre à mão os contactos do seguro de viagem e centros médicos internacionais.
Lembre-se que em muitos países, os cuidados médicos não são gratuitos para estrangeiros. Por isso, a contratação prévia de um seguro de viagem pode fazer toda a diferença entre ser atendido de imediato ou enfrentar obstáculos burocráticos e financeiros.
prevenir é sempre a melhor escolha
A raiva é uma doença rara em Portugal, mas continua a ser um risco real em muitas partes do mundo. A boa notícia é que é totalmente evitável com medidas simples: informação, vacinação preventiva e atenção durante a viagem.
A vacina da raiva para humanos é segura, eficaz e uma poderosa ferramenta de prevenção. Mas mesmo vacinado(a), o acesso rápido a cuidados médicos é essencial — e aí entra o papel fundamental do seguro de viagem.
Nunca viaje sem seguro. O custo é reduzido comparado com o impacto de uma emergência médica no estrangeiro. Com um seguro de viagem adequado, terá não só cobertura médica, mas também apoio em cancelamentos, atrasos, perda de bagagem e outros imprevistos que podem estragar a sua viagem.
Planeie com tempo, vacine-se, proteja-se — e desfrute da sua aventura com total segurança.